do que vou ter saudades em Santarém
O sossego, de andar na rua sem ter medo fosse dia ou noite. Andava até se fosse com a mala do portátil ou da minha canon á vontade, a pé, de um lado para o outro.
De ter os correios á porta de casa, de demorar vinte minutos do IEFP, na segurança social, finanças ou até mesmo a tratar do cartão de cidadão. Dos supermercados não cheios de gente como os daqui.
Do verdadeiro calor, de comer amendoins na varanda ás duas da manhã e estar de t-shirt e calções. De estar a 15 minutos dos campos, das aldeias, para onde fugíamos e passeávamos. As lezírias, que dão vontade de fotografar todos os dias apesar de estar tudo igual, todos os dias.
Muito sinceramente, de Lisboa, só sentia falta da proximidade ás praias, dos transportes para todo o lado, do Colombo, Fórum e Cascaishopping. Não tinha Zara lá para cima, nem Bershka de homens! E os autocarros era quase de hora a hora.
Mas quando tem que ser, tem que ser. Eu vou regressar a Lisboa, ele vai mudar-se comigo.