vem aí mais um primo
E fazendo as contas assim por alto, já somos quase três equipas de futebol.
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E fazendo as contas assim por alto, já somos quase três equipas de futebol.
Não se faz. Ninguém pode pôr uma pessoa sensível de TPM a escolher uma imagem que nos faça sentir algo para depois falar sobre ela. Mais um bocado e estava a chorar no meio da sala com saudades das princesas com quem tinha estado à dois dias!
A imagem que escolhi era de uma jovem a ler um livro a uma pequena com cerca de quatro anos, as duas deitadas e entretidas. Lá estava eu a falar dos meus primos, de como sou a mais velha e só recentemente surgiram meninas e como estou babada a vê-las crescer. Depois conheci os primos no Brasil, e as que são da minha idade e como adorei... se adorei.
Uma das coisas mais importantes da minha vida são mesmo os meus primos. Provavelmente porque vi todos a crescer, os cá de Portugal.
Ontem chegámos ao aeroporto por volta das 6h40. Depois de estacionar, foi correr com as malas nos carrinhos para ir para as filas despaschá-las. Não sei se foi de ir mais cedo ou não, mas fomos logo atendidas. Num instante as malas já tinham ido. Encontrámos um lugar para nos sentarmos e esperamos pelas 7h20, para eu a minha avó irmos para a porta do embarque. 'É 15 min até lá', disse-nos o senhor que despachou a bagagem. Eu queria estar lá antes das 8h, apesar de dizerem que bastava estar lá meia hora antes do embarque.
Despedi-me do tio que nos foi lá deixar, da minha mãe e do namorado. E lá fomos nós. Mostrámos que tinhamos bilhetes e seguimos. Chegámos ao detector de metais e ao raio x. Pousei a mala, retirei o portátil da mala como pedido e aproveitei para pôr lá uma pulseira, aquela que pensei que tivesse metal.
Depois da minha avó fui eu. Perguntei ao senhor que se era preciso tirar a aliança, os brincos e as pulseiras que eram de prata. 'Não, isso não é detectado', disse. 'Isto apitou não foi?', perguntei a uma senhora assim que passei. Ela confirmou. Mandou-me colocar-me sobre um símbolo no chão, descalçar e afastar os braços. Mas antes, mostrei-lhe um gancho que estava no bolso de trás. Boa, lembrei-me da pulseira e o gancho ficou. Lá veio com as mãozinhas à procura não sei do quê, uma faca talvez, acho que não tenho cara de armas. Depois veio o detector de metais que passam pelo corpo. E sabem o que fez a máquina apitar? As pulseiras de prata... Não percebi, mas ok. Arrumei o portátil, calcei-me e segui caminho.
Subi as escadas e fomos dar mesmo ao meio de uma espécie de shopping. Channel, calvin klein... vocês estão a ver. Bom marketing TAP, bom marketing. Quem sabia, foi directa à saída - passando ainda assim pelo meio das marcas caríssimas - eu pelo contrário fui directa ao fundo e depois tive que voltar para trás.
Chegámos à zona em que verificavam os bilhetes e o passaporte. Havia duas zonas, as dos passaportes electrónicos e outra. Só mesmo naquela, pus a minha avó na fila que estava a ficar maior e fui à zona dos passaportes electrónicos. Disse para onde ia e que tinha um. Era exactamente ali por onde tinha de passar. Sem filas, sem nada. Senti-me VIP. Quanto não vale um passaporte electrónico! Até todos terem um... mas até lá ainda tive sorte ;)
Andámos, andámos, andámos, andámos, andámos. Começámos a ver às portas de embarque. Porta 41, andámos, andámos, porta 42, andámos, andámos... vocês estão a imaginar. Até às porta 46, a penúltima. Chegámos lá às 8h20 e o embarque (que por acaso se atrasou) era às 8h35.
No avião só consegui ver um filme até ao fim. Dormi, joguei solitário, dormi, joguei sudoku, fui ao wc que é excelente, andei a passear a minha avó, dormir, joguei sudoku. Finalmente aterramos, fomos buscar as malas. 10 minutos. Depois foi cerca de meia hora numa fila, porque estavam a ver as malas TODAS, no raio x. 'Lá se vai o bacalhau com o caraças', pensei eu. Mas não, passou tudo. Acho sinceramente que aquilo foi só para chatear, porque disseram que andavam a revistar as malas e foi só aquilo.
Com as malas de novo no carrinho procurámos a saída. Virei uma esquina e era só pessoal à espera das pessoas do nosso avião. Medo. Comecei a andar devagarinho sem saber bem para onde ir quando ouço, pela primeira vez, a minha prima chamar. E já sabia que era ela. Estavam lá todos. A rever a minha avó e a conhecer-me a mim. Já em casa a jantar, era como se sempre os tivesse conhecido.
Correu tudo bem :)
Foi através dele que comecei a ter mais contacto com a família do Brasil e por onde os conheci. Um bocado das personalidades, os gostos, os rostos.
Falta pouco para os conhecer pessoalmente. Estou tão nervosa quanto ansiosa.
É elas terem montes de coisas giras que já não lhes serve e eu ficar com elas. Ser prima de nove rapazes é não ter que contratar guarda-costas e ter um irmão.
Um dia levo as minhas princesas à Disneyland. Vamos e deixamos as preocupações por cá. Vamos viver um sonho.
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