a borracha da lapiseira
Sempre foi uma coisa muito sagrada para mim. Assim para começar sempre tive uma coisa pelas lapiseiras. Nunca gostei dos lápis, dava muito trabalho manter aquilo afiado. Duravam pouco nas minhas mãos. Porque segundos depois de serem afiados já não tinham o 'efeito' que eu queria na escrita. Detesto lápis com pontas grossas. Foi no 5º ano, por aí, que descobri as maravilhosas lapiseiras na papelaria da escola. Sou fã desde aí.
Portanto sempre tive lapiseiras até aos dias de hoje. Tenho quatro no estojo neste momento. E uma coisa que sempre detestei é aquelas pessoas a quem emprestava, que usavam a borracha que está na ponta para apagar seja o que for. Enerva-me tanto. Gosto que esteja imaculada que querem. E não só. Se usarem sempre o raio da borracha, vai chegar a uma altura em que não consigo tirá-la para pôr minas. A luta que é.
Actualmente, das seis (fui confirmar afinal são seis) que tenho, duas não tem a borracha. Proeza do namorado que gosta de brincar com aquilo nas aulas. Só duas, até fiquei estúpida, juro que pensei que fossem mais já sei a borracha e outras partes. Mas verdade seja dita, eu dou-lhe sempre a mesma senão fico sem as borrachas das outras.
Eu vejo lapiseiras espalhadas pela casa (tanto em Lisboa como em Santarém) e vou metendo no estojo. Há sempre uma mais gira que outras e que dão mais jeito a escrever.