Quando a sociopata da família te chama para falar
Vou lá com a esperança que acabe depressa, porque ninguém muda da noite para o dia e eu não gosto de me sentir estúpida por dar oportunidades a quem à partida já sei que não merece.
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Vou lá com a esperança que acabe depressa, porque ninguém muda da noite para o dia e eu não gosto de me sentir estúpida por dar oportunidades a quem à partida já sei que não merece.
Durante estes últimos meses tem havido, para não variar, uma onda de falsidade na minha família. Mas nem vou para aqui começar a apontar cada cena senão juro-vos que tinha que em cada dúzia de posts iam faltar caracteres e vocês fugiam com o tamanho deles.
Bem, e o que tem o karma a ver com isto? A falsidade surge quando alguém faz, repetidamente, bolos que são engraçaditos por fora e horrorosos por dentro. Parece que foram demolhados em água... Continuando, eu tenho dito à minha mãe que ela só pode estar a tentar fazer um portefólio para depois vender... Porque ninguém faz bolos com massa pão e os oferece, a coisa saí cara. BAM! Dito e confirmado. Ela já disse a outra tia que este ano oferecia os bolos de aniversário aos sobrinhos, mas que para o ano quem quisesse tinha que pagar.
Vou admitir, eu nunca lhe disse que aqueles bolos estavam horrorosos. Mas porquê? Porque depois as outras tias mais amigas dela (que também já me disseram que detestavam e não conseguiam comer) iam por trás metê-la contra mim e dizer que era mentira, que eram muito bons.
Bem, amigas queridas. Quero ver qual de vocês para o ano vai pagar por aqueles bolos deliciosos ;)
O karma vem aí! Têm duas opções, nenhuma delas simpática: pagam por uma coisa horrível e ainda a comem ou dizem que não e vão ter que arranjar uma boa desculpa. De uma forma ou de outra vai correr mal para o lado delas.
Sabemos que estamos em apuros quando num assunto delicado (que é um bolo de aniversário...) a primeira tia que fala com a segunda tia, pede à segunda tia para me dizer para eu ligar para a primeira tia a combinar os detalhes da imagem para o bolo de aniversário... quando, ainda para acrescentar, a primeira gosta de ser o centro das atenções e está a tentar fazer um portefólio dela de bolos para tentar vender.
Vocês já sabem que neste momento tenho um trabalho fotográfico que inclui fotografias para quadros. Então estava eu à duas semanas em Lisboa em casa dos meus pais quando me surgiu e disse: "Epah, sabes no que penso às vezes? Imagina que o hotel se aguenta e daqui a cem anos estão as minhas fotos pelas paredes em quadros e as pessoas vêm e dizem 'wow, esta foi tirada onde?' ou 'quem é que tirou estas fotografias?', era brutal!". Ao que o meu namorado responde que estou sempre a pensar muito à frente e a minha mãe diz que sou mesmo igual ao meu pai, mas que isto é uma coisa boa. Ser positiva.
Que houve uma altura em que para os meus pais as coisas também estavam apertadas por qualquer coisa que aconteceu (que eu já não me recordo para variar) e que ele, calmo, lhe disse que sempre que se fecha uma porta ou vai abrir. E não é uns dias depois as coisas melhoraram bastante?
Há alturas em que aqui andamos apertados, apertadinhos, e de um momento para o outro surgem oportunidades assim puff quase do ar. Tudo ao mesmo tempo. E eu não consigo deixar de imaginar isso. Os quadros com fotografias da região e as pessoas a olharem e a compararem com a futura actualidade que vai ser daqui a 100 anos.
E fazendo as contas assim por alto, já somos quase três equipas de futebol.
Nós somos uma família. 'Família' não se determina pelo sangue, mas por quem tu lutas e por quem luta por ti!
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