E eu, como anti-social, tenho-os bem entranhados em mim. Este é um dos meus problemas quando vou para a terrinha. E que problema é esse? O ter que fazer um esforço por me lembrar de cumprimentar as pessoas, mesmo que não as conheça de lado nenhum. O que numa aldeia com menos de 100 pessoas é dificil, no mínimo conheço as pessoas de vista apesar de não conviver com elas.
Na cidade é como se tivesse umas palas nos olhos, ou melhor, é como se estivesse a andar na rua sozinha. Eu não vejo as pessoas e elas muito menos me vêem a mim. E essa é um bocado a minha tendência na aldeia, não ver as pessoas apesar de ali estarem a ver-me bem a mim. Este estado é agravado quando essas pessoas são velhos rebarbados e machistas ou velhas que implicavam connosco porque já não estavam habituadas a ter a rua cheia de putos a correr atrás de uma bola ou a andar de bicicleta por todo o lado. Sobretudo quando estou sozinha? Finjo que não vejo (coisa impossível) e está a andar. Que bonito... mas não consigo evitar a maior parte das vezes. Até porque gostava de ser invisível para eles todos.