Ou simplesmente a consciência das pessoas... Vocês não imaginam como fiquei chocada com a revista Maria nas mãos, enquanto lhe passava os olhos, quando vejo duas páginas a falar sobre o Hugo e a Inês da Casa dos Segredos. Os fãs deles juntam dinheiro para lhes pagar viagens! Juntam dinheiro para pagar-lhes viagens ao Brasil, querem também levá-los a Paris e outros dois destinos que já nem me ficaram retidos na memória com o tamanho do choque...

Mas o quê que se está a passar minha gente? Está tudo doente? Li ainda que a Sofia e o Diogo, que até já estão separados ou whatever já ninguém sabe, conseguiram desta forma, ganhar dinheiro para pagar uma casa e ainda alguns bens para o interior. WTF? Sempre me disseram que cada um faz o que quer com o dinheiro... mas também ouvi dizer que há limites para a estupidez!

Tantas associações a pedir ajuda e esta cambada de bestas a pagar viagens a esta gente!

Não gosto de ver os trailers dos filmes. Sobretudo das comédias! Pode estar muito giro e eu morrer a rir, com o trailer... mas já me aconteceu muitas vezes chegar lá e ver o filme e não ser nada de especial. Ou se calhar até era bom, só que o problema é eu ter visto o raio do trailer e estar à espera de uma coisa um bocado mais hilariante.

Quero ir a Itália, França e ao Japão. Também quero visitar o parque do Harry Potter em Florida e ir à Disney dos EUA com as minhas princesas. E voltar ao Brasil.
E eu acredito mesmo que vou conseguir fazer isto tudo.

É que daqui vai ser miminhos mesmo, coisas feitas por mim ou que sejam necessárias. Para a minha mãe vou fazer um dossier todo arranjadinho, já com as receitas que todos os santos anos andamos à procura para fazer no Natal (maldito bolo de ananás que quase fica só para decoração). Para o namorado é um daqueles livros para totós de inglês. O meu pai não fazia ideia até à pouco ter falado com ele ao telemóvel.

Sou daquelas pessoas que gosta de dar algo simples, mas com significado. Como à dois anos a minha tia me deu uma caixa de bolachas mas aquilo com que delirei foi com um saquinho de feijões (andava eu na fase de 'apetece-me ter uma mini horta em casa') com uma mensagem na consequência de termos ido ver o filme do gatos das botas ao cinema à uns meses e termos estado na brincadeira sobre os ovos de ouro... e ela lembrou-se.

Estava eu a dizer que gosto de dar coisas ora feitas por mim, úteis ou com significado. E do quê que me lembrei de dar ao meu pai? Um mealheiro. E vai ser um todo bonito! Porquê? Porque ele é angolano. Tem cá a maior parte da família, mas há um irmão que já não vê à muitos, muitos anos, que está em Angola. Eles vão falando por telefone de vez enquando e o meu tio do outro lado fica todo emocionado. O meu pai fica cheio de saudades. Tem saudades e muito orgulho de onde vem. Quando nos juntamos em aniversários, almoços e afins é só ouvi-lo falar de quando fizeram isto ou aquilo, e quando foram não sei onde e de que aquela zona agora está assim e assado (isto fala com um tio meu que lá vai de vez enquando). Então eu pensei, porque não um mealheiro para isso?

Temos que começar por algum lado :) entretanto vou andar informada sobre preços, datas e promoções. Para estar atenta.

Foi hoje. Agora tenho que pôr uma lembrança para daqui a uns seis meses voltar a cortar. Porque só de ano a ano não dá com nada.

Já cortei o cabelo com esta senhora as últimas três vezes (três anos pois claro) e sempre que vou ao espelho fico toda contente, porque fica exactamente como eu quero.

Quando ia ao cabeleireiro lá da rua, vinha sempre com ele mais comprido de um lado do que de outro. A minha mãe dizia, 'não está nada!', até que um dia chega um primo lá a casa e diz exactamente o que eu disse... lá me enfio na casa de banho às escondidas a cortar ali umas pontas.

Era um lado mais comprido que outro e nunca faziam o que eu pedia. 'Assim vais ficar sem volume', ao que respondia: Mas é essa a ideia! O meu cabelo com volume é um desastre. Eu pedia um bocado mais escadeado atrás, ela cortava também o comprimento... quando me dava conta tinha o cabelo quase pelos ombros. Tinha que ir sempre ao comprimento, para não me tirar o volume arrrrrrrrrgh. Mas eram todas, tinham sempre a mania que haviam de cortar como queriam. Deixei de lá ir. Agora perguntam por mim.

Eu cá ando toda feliz e contente a pagar menos, exactamente pelo que quero e ainda vem cá a casa.

Pergunto-me se as mesmas pessoas que estiveram pelo menos de sexta a domingo sem tomar banho e só a consumir água dos garrafões, estiveram também sem lavar os dentes?